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Wednesday, June 11, 2025

Richard Sanchez é entrevistado no Questão de Opinião


Esse blogger teve a honra de ser convidado por Cláudio Apolinário a participar de mais um programa Questão de Opinião, do Canal de YouTube Movimento Influenciar que cobre todo o Vale do Paraíba em SP. Também tive a honra de dividir esse painel com meu querido Amigo José Carlos Bernardi. 

Durante ao tempo que tivemos, discutimos sobre a implacável e impiedosa Lei Magnitsky que hoje assusta muito gente no Brasil, e o atual momento dos Estados Unidos não só em relação a essa lei, mas como a administração do presidente republicano Donald J. Trump está vendo tudo isso. 

Veja vídeo: 

Monday, June 9, 2025

Briga de Trump e Musk choca os americanos e o mundo

Essa treta do Elon Musk, o homem mais rico do mundo,com o Presidente Donald Trump, o homem mais poderoso do mundo, que aos nossos olhos mostravam ser muito amigos, chocou não só os americanos mas o mundo. Passado uns dias, ainda estamos tentando entender o que aconteceu, e o que acontecerá. Veja meus comentários sobre esse triste acontecimento que tem entristecido não só o Presidente Donald Trump, sua família, a Casa Branca, aos americanos que querem um país melhor, e a milhões de seguidores dos dois mundo a fora. Briga de Trump e Musk choca os americanos e o mundo.Clique no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=kgEIlUgEBY0

Monday, June 2, 2025

Você usa termos comerciais em inglês. Você sabe a diferença entre KYC x CIS?

 


É sabido que o brasileiro gosta de inserir várias palavras em inglês no seu vocabulário diário.

No mercado de trabalho, o uso de palavras ou jargões em inglês, para muitos, dá um certo tom de status, de empoderamento.

Aqueles empresários ou profissionais do mercado financeiro, start up ou que negociam com o exterior, muitas das vezes, usam palavras que com o passar do tempo, foram distorcidas ou até mesmo são adotadas de maneira que aqui fora, foge do contexto.

Apesar de não ser o caso, para essa matéria, estaremos falando de duas abreviações muito adotadas pelos brasileiros que de uma maneira ou outra, gostam de usar esses termos.

KYC – Know Your Customer | Conheça o Seu “Freguês”

CIS – Client Information Sheet | Folha de Informação do “Cliente”

De imediato, já existe uma diferença quando a um se refere com “freguês”, concordo que até é um termo antigo, e ao outro como “cliente”.

No inglês, o termo “customer”, é mais usado em troca de produtos (supermercados, loja de varejo, restaurantes, e-commerce), onde a relação comercial é transacional e geralmente a curto prazo. Ou seja, se você vende produtos ou serviços padronizados, use “customer”.

O termo “client”, é mais usado em serviços profissionais, personalizados ou contínuos (advocacia, consultoria,contabilidade, etc), onde a relação comercial é mais duradoura, consultiva, e baseada em confiança. Ou seja, se você oferece serviços profissionais ou personalizados, use “client”.

Mas qual a diferença entre KYC e CIS?

A diferença entre KYC (Know Your Customer) e CIS (Client Information Sheet) está em sua finalidade, escopo e peso legal em conformidade e transações comerciais:

 KYC – Conheça seu “FREGUÊS”

KYC é um requisito de conformidade, usado principalmente para verificar a identidade de um freguês e avaliar seu nível de risco nas relações comerciais, especialmente em bancos, finanças e comércio internacional.

O uso de KYC é obrigatório em: Bancário e financeiro, conformidade com a prevenção da lavagem de dinheiro (AML- Anti Money Laundering), acordos comerciais internacionais (especialmente com SBLCs, DLCs, etc.

Com um alto nível de detalhe, aa elaboração de um KYC, inclui documentos oficiais da empresa (por exemplo, Certificado de Incorporação, Contrato Social), documento de identidade/passaportes dos diretores da empresa/beneficiários efetivos, comprovante de endereço, identificação fiscal ou registro de IVA, cartas de referência bancária, declarações AML ou formulários de conformidade.

O KYC tem uma relevância legal. Tem alto peso legal. Legalmente aplicado na maioria das jurisdições. Bancos, instituições e plataformas de negociação não podem prosseguir sem um KYC válido.

CIS – Folha de Informação ao Cliente

O CIS é um documento informativo usado principalmente em negociações comerciais e, especialmente em transações de commodities. Não é um requisito legal, mas ajuda a identificar a empresa e avaliar sua seriedade e capacidade.

Com um nível de detalhe moderado, geralmente o CIS inclui o nome da empresa, endereço, informações de contato, detalhes do representante/pessoa autorizada, interesse do produto (por exemplo, açúcar, milho), quantidade teórica e porto de fornecimento, preferência de método de pagamento, informações bancárias (para mostrar prontidão.

O CIS é muito usado no início do processo de negociação para apresentar um comprador ou vendedor à contraparte ou corretor. Ajuda a preparar LOIs, Oferta Total Corporativa | FCOs (Full Corporate Offer) e minutas de contratos.

Quanto a relevância legal, é informal. Tem baixo peso legal. Não é um substituto para o KYC e não é juridicamente vinculativo. Muitas vezes combinado com uma Carta de Intenções (LOI - Letter of Intent) ou Pedido de Ordem Corporativo Irrevgável (ICPO – Irrevocable Corporate Purchase Order) mais tarde.

Se você estiver fazendo um acordo de commodities ou contrato comercial, geralmente começa com um CIS, depois passa para LOI/ICPO conclui com KYC para conformidade e configuração de pagamento. Deixe-me saber se você precisa de um modelo para qualquer um dos documentos.

Friday, May 30, 2025

Carta ao Brasileiro que Sonha com o Lado de Fora


Há algo profundamente equivocado no coração do brasileiro moderno: um desejo quase desesperado de ser qualquer coisa, menos brasileiro. Nas últimas décadas, trocamos o sonho pelo visto, a identidade pela cidadania alheia, e a esperança por um passaporte estrangeiro — mesmo que o destino seja tão instável quanto a própria fuga.

Lá atrás, o Brasil parecia pequeno demais para nossos sonhos. A América brilhava com seus dólares, a Europa nos seduzia com seus euros, e até os ventos orientais do Japão sopravam promessas de prosperidade. Migrar era sinônimo de vencer. Mas a realidade, como sempre, não cabe nas vitrines. A vida lá fora nunca foi como nos cartões-postais.

Hoje, vivemos uma nova distorção. Com os grandes destinos fechando as portas, surgem os "especialistas" que vendem cidadanias como quem vende ilusões baratas: paraguaia, uruguaia, panamenha, tailandesa, libanesa... Qualquer uma serve, desde que não seja a nossa. Basta um pouco de marketing emocional, um vídeo bem editado no Instagram, e pronto: um exército de brasileiros já está disposto a renunciar à própria história por um documento que, no fundo, não resolve nada.

E é aqui que cabe uma pergunta desconfortável, mas necessária: quando foi que deixamos de acreditar em nós mesmos?

Ser cidadão não é apenas portar um papel, é pertencer, é compreender os códigos invisíveis de um povo, a memória, a língua, o chão. É carregar responsabilidades, inclusive as que vêm com os próprios erros. Trocar de cidadania como se troca de roupa não é sinal de liberdade, é sintoma de abandono, de uma urgência mal digerida de escapar da própria origem.

O Brasil, sim, está longe da perfeição. Temos problemas profundos, históricos, estruturais, mas temos algo que muitos países invejam e poucos reconhecem: a liberdade de começar do nada e, mesmo assim, fazer muito. Aqui, o improviso virou arte, a crise virou ginga, a falta virou invenção. E quem aprende a vencer no Brasil, vence em qualquer lugar.

A verdade é uma só: é mais fácil ganhar dinheiro no Brasil do que em muitos dos países que hoje servem de fuga emocional para quem já perdeu a fé no próprio povo. A diferença é que aqui, para vencer, você precisa acreditar em si mesmo. Lá fora, precisa acreditar que será aceito. E essa aceitação tem um custo que poucos estão dispostos a pagar: solidão, subemprego, exclusão, invisibilidade.

Não se trata de desencorajar quem tem planos sinceros de emigrar. Viver em outro país pode ser um projeto bonito, legítimo, necessário até, mas que seja feito com propósito, preparo, maturidade e sobretudo, conforto financeiro. Emigrar por necessidade é exílio, emigrar por ilusão é suicídio lento. Só vale a pena partir quando ficar já não for mais opção, e não quando o feed do Instagram disser que “lá fora é melhor”.

Antes de desejar outra cidadania, pergunte a si mesmo: - “O que me falta para honrar a que eu já tenho?”

Enquanto muitos correm para fora, outros estão ficando, e construindo aqui, silenciosamente, o Brasil que vai nos fazer querer ficar. Talvez seja hora de parar de correr do país e começar a correr por ele.

CRÉDITO DA MATÉRIA

Carlos Henrique Mascarenhas Pires é jurista, de Belo Horizonte, MG, com dupla cidadania (brasileira e espanhola), e esse texto originalmente está estacionado em seu blog na plataforma WordPress:. só clicar no link: Carta ao Brasileiro que Sonha com o Lado de Fora

O que é a devastadora e implacável Lei Magnitsky? (LIVE)


Lei Magnitsky que tem um alcance global de sanções, e não são só sanções econômicas, tem sido mais uma termo, dentre outros, que o governo republicano do Presidente Donald Trump, tem propagado não só dentro dos Estados Unidos, mas como ao redor do mundo.

A devastadora e implacável Lei Magnitsky que já vinha sendo falado desde antes mesmo da eleição presidencial, com os últimos acontecimentos, junto com os termos que foram oriundos da guerra tarifária, parece que é a bola da vez. Mas que o que é a Lei Magnitsky? Ontem, quinta-feira, 29 de maio de 2025, às 19 horas de Brasília, em mais um CCA - Coalização Conservadora das Américas, diretamente dos EUA, Eduardo Platon e Richard W. Sanchez, debateram sobre esse tema que tem sacudido não só o Brasil mas como o mundo.

Veja e compartilhe esse vídeo que é de suma importância para o brasileiro.

O que é a devastadora e implacável Lei Magnitsky?

Wednesday, May 28, 2025

Você sabe qual é o alcance global dessa devastadora, impiedosa e implacável LEI MAGNITSKY?


O brasileiro conservador, que acredita nas leis e na Constituição brasileira, descobriu há pouco uma lei americana, que como se diz no inglês, será aplicada em cima das autoridades que abusam do poder, como um ar fresco para os que estão sofrendo. 

Lei Magnitsky

No comando dessa lei, o hoje temido Secretário de Estado dos Estados Unidos, Secretário Marco Rubio. Filho de imigrantes cubanos que foram aterrorizados pelo sistema comunista, Secretário Rubio, entende muito bem o que é tortura, censura e qualquer outro tipo de postura de qualquer outro governo que abusa do poder. 

E você? Você sabe qual é o alcance global dessa devastadora, impiedosa e implacável LEI MAGNITSKY?

Até o presente momento enquanto escrevo esse blog, quase 7.000 pessoas já assistiram esse vídeo. Veja você também, comente e compartilhe.

Você sabe qual é o alcance global dessa devastadora, impiedosa e implacável Lei Magnitsky?

Tuesday, May 27, 2025

Patriotismo em alta nos EUA inspira outras nações. E no Brasil?

Sob a liderança do Presidente Donald J. Trump, os Estados Unidos em um pouco mais de 100 dias com resultados sem precedentes na história americana, passaram por uma transformação ideológica e prática que reverberou muito além de suas fronteiras.

A política America First não foi apenas um slogan de campanha. Tornou-se um divisor de águas na forma como nações passaram a enxergar sua soberania, seus interesses e seu povo.

Ao colocar os cidadãos americanos em primeiro lugar,  Presidente Donald J. Trump resgatou um sentimento adormecido: o orgulho de ser
americano. Proud to be an American! Isso se traduziu em ações concretas, como a proteção das fronteiras, a valorização das forças armadas, o apoio irrestrito aos produtores e trabalhadores nacionais, e uma política externa baseada em reciprocidade e firmeza. O patriotismo deixou de ser tratado como extremismo e voltou a ser virtude.

Esse novo paradigma teve efeito contagiante. Governos conservadores ao redor do mundo, especialmente na Europa Central e América Latina, passaram a adotar discursos e políticas semelhantes, ajustando até mesmo o slogan de campanha, MAGA – Make America Great Again | Faça América Grande de Novo aos seus países, reafirmando suas identidades nacionais e resistindo à pressão de organismos internacionais que buscavam impor agendas ideológicas globalistas.

Somando a esse discurso e política, a revalorização da bandeira, do hino, da Constituição, da fé, da cultura e da história como pilares da coesão nacional reacendeu o espírito cívico em milhões de americanos, algo que outras nações começaram a emular.

Presidente Donald J. Trump demonstrou e tem demonstrado que é possível ser patriota sem ser xenófobo, proteger os próprios interesses sem ser isolacionista, e desafiar o sistema globalista sem perder relevância internacional.

O impacto da política America First permanece sendo copiada por líderes que colocam seu povo, sua cultura e seu território acima de qualquer pacto externo. Política essa que o próprio Presidente Donald J. Trump por diversas vezes, já disse que cada presidente deve sim colocar o seu país primeiro!

O patriotismo, por fim, voltou à mesa de decisões políticas, e com ele, a dignidade dos povos.

Monday, May 26, 2025

Hoje é Memorial Day nos Estados Unidos. O que significa isso?

 

 


Muito confundido com o Veterans Day, o dias dos Veteranos de Guerra que é para homenagear todas os que já serviram nas forças armadas americanas; o Memorial Day é para todos aqueles das forças armadas que morreram servindo esse grande país. 

Talvez não faça sentido para você que está lendo esse post. Mas se eu estou escrevendo e você está lendo, chances são porque um jovem, um pai de família, um marido, ou filho morreu para que nós pudéssemos ter liberdade.

Muitos encaram esse feriado nacional como simplesmente a abertura do verão americano. Literalmente falando não estão “nem aí” para a dor das famílias destruídas que ficam. Nos entristece muito o coração ver principalmente os imigrantes, muitos brasileiros inclusos, virem para cá e tirar só vantagens da terra e não querer construir nada para a comunidade. Demonstram total desrespeito para com o país! 

Para os que nunca prestaram atenção ou nunca foram informados, registramos aqui uma coisa que logo confirmamos quando aqui chegamos em 1991: Liberdade não é de graça! E não existe maior sacrifício do que dar a própria vida por um país, por um ideal. Se você não acredita, vá visitar o Cemitério Militar de Arlington em Virginia, bem pertinho de Washington, D.C.

Costumamos dizer que esse cemitério deveria ser passagem obrigatória para o mundo inteiro ver, principalmente para todos que residem nesse país, quanto custa a liberdade, quanto custa a democracia. Aqui você aprende que democracia vai além dos votos!

Esse blogger confessa: eu não faria por eles o que eles fazem por mim. E acredito que você também não faria.

Imagina isso: Você se vê no deserto agora, no total desconforto, sem saber quando vai voltar para casa, arriscando a sua vida por uma pessoa que não conhece? Por um sistema político que questiona? Acredito que não!

Por isso o meu eterno respeito e eterna gratidão, e passo esse sentimento para meu filho que é americano nato. Tive a oportunidade de anos atrás visitando Arlington, falar mais ainda como tenho falado e ensinado, nunca deixar de dar valor a esse sacrífico pela liberdade.

Nossa pequena homenagem em cima de uma música que você deve conhecer, de somente 24 notas, onde existe dor, gratidão, finalização, tranquilidade e muitas outras emoções que carregam essa nota. 

Cremos que tudo uma nação quer expressar, está nessas toque da corneta.

Veja essa homenagem que a Casa Branca postou em homenagem aos todos aqueles militares que morreram servindo esse país.

Esse emocionante onde o soldado toca TAPS foi gravado no Cemitério Nacional de Arlington. Clique no link. TAPS  


Friday, May 23, 2025

Eleições 2026: Sem Lealdade, Sem Vitória dos Conservadores

Na Quinta-feira, dia 22 de maio, às 19 horas de Brasília, 6pm da Costa Leste dos EUA, Eduardo Platon e Richard W. Sanchez diretamente dos Estados Unidos, se reuniram mais uma vez no Coalização Conservadora das Américas (#23), para debater o assunto do momento que está tomando tração com a administração do Presidente Donald Trump, e que já está reverberando no mundo inteiro.

Com as eleições se aproximando no Brasil, mais do que nunca, um assunto a ser debatido.

Eleições 2026: Sem Lealdade, Sem Vitória dos Conservadores

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O jogo de tabuleiro da geopolítica internacional.

 

Tuesday, May 6, 2025

Sobre a arte de negociar com Trump 2.0

Temos de reconhecer que no passado fomos bons na interpretação do acordo do GATT e em sua solução de controvérsias. 

A arte de negociar é um livro escrito pelo então incorporador Donald Trump, antes de se tornar democraticamente eleito – por duas vezes – Presidente dos EUA. Hoje, comanda ainda uma grande economia, que tem a mais dispendiosa e belicosa das forças armadas do mundo moderno. De fato, ele lidera um império com sinais de decadência porque sua economia não apresenta dinamismo econômico e tecnológico no longo prazo devido ao excesso de gastos públicos, ao alto nível da dívida pública, ao contínuo déficit comercial, e ao seu gasto militar que só cresce por ser a gendarme do mundo.

A existência e a manutenção conjunta de déficit comercial e orçamentário fazem com que os principais bancos centrais do mundo diversifiquem os seus ativos que estão nos portfolios de suas reservas internacionais, reduzindo a presença do dólar e o trocando por ouro e outras moedas conversíveis, como o renimbi, yen ou até as recém-criadas moedas digitais. Isso não é um processo de desdolarização, mas um movimento prudente dos Bancos Centrais do resto do mundo face à incerteza e ao risco de carregar nas reservas ativos financeiros denominados em dólar. Isso significa que o dólar está perdendo aos poucos sua função de reserva de valor devido à gradual perda de credibilidade da gestão macroeconômica implantada simultaneamente pelo Federal Reserve, e pelo Departamento do Tesouro norte-americano.  

Ao colocar a política denominada de “America First”, como objetivo de política comercial e de trade policy, e, também cobrar das nações que necessitam de proteção militar – exemplo União Europeia – que entrem com um maior valor de gastos para a sua  segurança mostra que são corretas as metas e ações do Governo Trump 2.0 para reduzir o excesso de dispêndio que os EUA fazem no seu complexo industrial militar. Além disso, ao buscar reduzir o peso da máquina pública norte americana obrigando-a ser mais eficiente e efetiva através de sugestões de ações de corte de custos feita pelo departamento DOGE – criado por Trump e gerido por Elon Musk – sinaliza um compromisso com credibilidade de política fiscal para reduzir os gastos públicos correntes.        

Ao colocar a política denominada de “America First”, como objetivo de política comercial e de trade policy, e, também cobrar das nações que necessitam de proteção militar – exemplo União Europeia – que entrem com um maior valor de gastos para a sua  segurança mostra que são corretas as metas e ações do Governo Trump 2.0 para reduzir o excesso de dispêndio que os EUA fazem no seu complexo industrial militar. Além disso, ao buscar reduzir o peso da máquina pública norte americana obrigando-a ser mais eficiente e efetiva através de sugestões de ações de corte de custos feita pelo departamento DOGE – criado por Trump e gerido por Elon Musk – sinaliza um compromisso com credibilidade de política fiscal para reduzir os gastos públicos correntes.        

Vale lembrar, que além de ser um incorporador de renome, Trump tempos atrás também comandou um “reality show,” cuja técnica passou a adotar na gestão da sua agenda de política interna e externa, tanto no período do Trump 1.0, quanto agora no 2.0. Data daquela época o saber ”zoar” os brasileiros. Primeiro, foi provocar o derrotado treinador da seleção de futebol brasileira da época – Tite – sobre a atuação do nosso time. Usando conquistas passadas, em entrevista televisiva, nos EUA, o nosso timoneiro sem rumo da CBF levantou uma mão sinalizando os cinco títulos mundiais ganhos num passado de glória.

Sabiamente, naquele momento Trump não revidou! Mas, ele cutucou os brasileiros de uma forma singular tempos depois. Isso ocorreu ao assinar durante o período Trump 1.0 o novo acordo comercial entre os EUA  com o México e Canadá. O então presidente do EUA – numa atitude comum sua – fez comentários extra pauta, sobre a Índia e o Brasil. Vindo de Trump, devemos num primeiro momento analisar e entender os adjetivos usados à época por Trump – “beauty and toughest” – para se referir aos brasileiros. 


De um lado, o “beauty” vem da nossa geografia, afinal ele já conhecia o encanto da Cidade Maravilhosa – o Rio de Janeiro – aonde quase ia fincar uma  ‘’Trump Tower’’. E, ao não fechar negócio no Brasil para implantar um mero empreendimento imobiliário perto do cais do Porto do Rio, este descobriu o emaranhando de impostos, taxas, emolumentos e multas envolvida numa operação comercial com brasileiros. Aliás, já agora no período Trump 2.0, este faz a mesma alusão à burocracia em excesso existente no Brasil ao falar da incidência de taxação de renda e de preço de transferências impostas sobre as empresas multinacionais de origem de capital norte-americano.

Para Trump 1.0 e equipe, o estilo de negociação do ’brasileiro é o de ser “duro” (toughest)! Todavia, antes de aceitar essa pecha, cabe indagar se o brasileiro seria realmente duro numa negociação internacional, seja por via diplomática ou comercial? Para entender a “boutade” de Trump é preciso lembrar o ditado popular: quem bate esquece, quem apanha lembra! No contencioso do algodão com os EUA, resolvido no âmbito do comitê de soluções de controvérsias da OMC, fomos duríssimos usando punhos de rendas. Nossos cisnes do Palácio do Itamaraty com base em princípios claros expostos no acordo multilateral firmado no âmbito do antigo GATT durante a negociação com o Governo dos EUA não aceitaram barganhar.  Resultado: colocaram de joelhos o Poder Executivo Norte-Americano visto que este foi obrigado a negociar com o seu Poder Legislativo – câmara baixa e alta – para mudar a “Farm Bill”. E, isso contrariou à época  e muito os  interesses dos eleitores e dos estados  do sul daquela nação. Tudo isso ocorreu há uns vinte anos, e a estratégia do Itamaraty foi tão precisa que virou “cases” para a área do direito internacional, e em teoria de jogos!

A partir dessa visão calcada no direito internacional oriundo do GATT/OMC e das regras das leis norte-americanas, inclusive a de Comércio que são usados nas argumentações e nas cartas localizadas nos punhos de renda dos nossos negociadores do Itamaraty advém a percepção dos negociadores norte americanos de que somos duros negociadores! Porém, pela cartilha e a prática negocial de Trump 2.0 e sua equipe somos previsíveis por agirmos by the book da OMC/GATT e das leis de comércio norte americana.

De fato, não há clareza por parte dos atores governamentais e dos defensores dos interesses das empresas exportadoras, no Brasil, de que o primeiro book  está, hoje, ao menos em desuso e paralisado ao menos no comitê de soluções de controvérsias da OMC, e, em função da prática de commom law há novas interpretações plausíveis em curso da legislação americana nos tribunais e no executivo e legislativo daquela nação. E, ainda não se entendeu, no Brasil,  que a tarifa aduaneira, em termos históricos, nos EUA, foi usada com três objetivos a saber: a) para arrecadar recursos para fazer face às despesas da União; b) para alterar o padrão de produção local com vistas à proteger à produção doméstica norte-americana contra importações com dumping ou subsídios; ou c) como instrumento para obter reciprocidade nas relações econômicas de setores, indústria, e dos EUA tanto com parceiros comerciais de forma bilateral, regional ou multilateral. Demais, os propósitos desses instrumentos são para atingir objetivos econômicos e não econômicos. Hoje, grosso modo, temos que compreender e distinguir essas intenções quando  Trump 2.0 usar o instrumento de tarifas aduaneiras.

O nosso problema, no período Trump 2.0, caracterizado por novos tempos de negociação internacional em que a linearidade da conduta e da análise do problema dá lugar para o reino da não linearidade, da incerteza e das escolhas de “trade off’’ presente e futuro numa negociação comercial e diplomática só torna frágil nossos negociadores, tanto os nossos cisnes do Itamaraty, quanto os defensores dos interesses empresariais brasileiros junto aos EUA.

Importa reter, no momento presente, que só incorporando os elementos descritos acima com base numa perspectiva de lógica fuzzy é que poderemos agora no período Trump 2.0 nos prepararmos para uma negociação agressiva unilateral, tanto da  parte de Trump, quanto dos membros do seu Governo

Temos de reconhecer que no passado fomos bons na interpretação do acordo do GATT e em sua solução de controvérsias. Mas, foi nesse locus institucional que perdemos  – em termos multilaterais –  o desenho e o fundamento da política industrial e de comercio exterior de governos passados, inclusive o período Lula I e II, e tivemos de oferecer compensações aos nossos parceiros comerciais.

Isso posto é preciso que reconheçamos que apesar do volume da corrente de comercio de bens e serviços entre o Brasil e os Estados Unidos, o saldo comercial favorável aos EUA, e ao crescente número de emigrados legais brasileiros nos EUA trabalhando e investindo tanto lá quanto cá, e que hoje somam a quase quatro milhões de pessoas há um contencioso comercial histórico entre o Brasil e os EUA que vem desde os anos noventa do século passado.

De fato, o Governo Norte Americano monitora de forma constante o contencioso nas nossas relações comerciais, e há revisões anuais, principalmente pelo USTR – United States Trade Representative -, quanto por outros órgãos daquele país. Estivemos  na “lista de observação” da seção 232 e da seção especial 301 da Lei de Comércio dos EUA; temos revisão sempre em curso dos produtos da lista de beneficiários do Sistema Geral de Preferências – SGP, notadamente das exportações oriundas da região Norte e Nordeste; e, os incentivos fiscais e subsídios creditícios que oferecemos a nossas empresas exportadoras estão sob o escrutínio conjunto do departamento do comércio e do USTR. Isso tudo sem falar de toda espécie de medidas de importação, de barreiras não tarifárias, de medidas fito-sanitárias, e barreiras técnicas gerais ou setoriais que impomos, segundo o USTR, aos produtos já comercializados pelos fornecedores dos EUA, ou que eles porventura podem fornecer. E, estamos sempre na lista de país que permite a importação de produtos de marca falsificados e que infringe a propriedade intelectual. Vale lembrar que todas essas análises e diagnósticos do governo norte americano estão descritos em relatórios públicos dessas instituições, e disponíveis na internet.                                                  


Hoje, grosso modo, temos que compreender que com Trump 2.0, este contencioso estará subjacente em qualquer negociação, mas dada à amplitude da proposta de tarifa reciproca com vistas a obter reciprocidade para acesso com corte bilateral ao mercado de lá (EUA) e de cá ( BRASIL), e, dada a superposição do antigo contencioso comercial com a nova proposta de reciprocidade de redução tarifária , a pergunta a ser respondida é o  que fazer num contexto de negociação agressiva comandada por Trump? 

O primeiro ponto é compreendermos o anuncio a ser feito próximo dia 02 de abril – cunhado por Trump como “liberation day” – em que serão expostas as diretrizes e talvez o nível das tarifas reciprocas proposto pelos EUA. O divertido e o interessante é que nunca antes na história do mundo um grande player que tem a sua economia já aberta irá propor e negociar por meio de tarifas reciprocas um mecanismo de abertura e acesso unilateral, bilateral e multilateral para aumentar o comercio intra indústria entre os EUA e o país ( ou países) que entrar ( ou entrarem) em negociação com os EUA.

Em outras palavras, serão apresentados dois vetores de tarifas reciprocas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos. Provavelmente com base no Harmonized System da TUSA o valor ad valorem da tarifa de importação norte americana será comparado e cotejado com o valor da tarifa de importação do Brasil ( e/ou dos demais países). Essa medida será um tipo de proxy a ser usada pelos EUA para mostrar o grau de trade cost que os produtores norte americanos tem para acessar o mercado brasileiro ( ou em qualquer outro país). E, a partir dessa dispersão ou diferencial, os EUA iram elevar o nível das suas tarifas aduaneiras em relação a sua proposta de tarifa recíproca.

Como o patamar da tarifa norte-americana é muito mais baixo que o observado no resto do mundo – pois ao longo da estória do GATT-OMC a redução de tarifa dos EUA junto com clausula MFN foi usada como um bem público para se avançar nas diversas Rodadas da OMC, hoje, os EUA irão usar o porrete ( stick) das tarifas para viabilizar tanto o acesso e abertura ao seu mercado quanto o acesso e abertura do mercado alvo da tarifa reciproca. Isso é a novidade do dia 02 de abril, pois é diferente do que foi usado nas negociações comerciais do passado. E, a priori , se seguir uma analise de economia positiva com base em dados não se pode afirmar a priori que as medidas são protecionistas ou só semeiam a guerra comercial. De fato, é algo novo em relação à experiência pós a crise de 1929 em que se proliferou as políticas de beggar the country.

De fato, importa perceber que o propósito de “liberation day “ não será a busca de auto suficiência total de todos os setores da economia norte –amerciana, tornando-a uma economia fechada ao comércio internacional. Abertura, acesso ao mercado e possibilidade de lucrar e fazer e negócios continuarão a estar na mesa de negociações entre os operadores dos EUA com cada país. Logo, obter os ganhos de comércio advindos da “dupla abertura” – lá e cá – dependerá fundamentalmente do animal spritis dos empresários exportadores brasileiros. Infelizmente, esses só querem ser comprados, e não querem ir vender até por não terem cultura exportadora. Logo, a atitude tanto dos empresários, de seus representantes e do governo brasileiro será de apatia, desejo de negociação e mera reação. Em outras palavras, ousadia zero face às oportunidades abertas no “liberation day”. 

Sem dúvida, para que se possa analisar os efeitos do “liberation day” na estrutura tarifária e de proteção da economia brasileira e na composição das exportações nacionais é preciso que a partir dos dados das tarifas reciprocas a serem divulgados com base no SH do TUSA ( ou do pouco provável SITC) se possa ter acesso aos dados da Secretaria de Receita Federal do Brasil.

Aliás,  será preciso tabular e calcular o nível da tarifa média nominal do imposto de importação que consta da Tarifa Aduaneira do Brasil por NCM com os valores importados e os impostos efetivamente arrecadados ( ou isentados) sob cada regime especial aduaneiro. Ao se obter o somatório desses dados se obterá uma proxy da tarifa aduaneira verdadeira cobrada pelo Brasil. Isso poderá ser calculado tanto para os produtos importados e provenientes dos EUA e do Resto do Mundo. Hoje em dia, essa informação não poderá ser disponibilizada por ser sigilo fiscal segundo norma e interpretação da SRF. Sem dados, o que se poderá afirmar é que o Brasil cobra e coíbe  e protege à economia brasileira é bem menor que o exposto no diário oficial em que se outorga uma proteção ao produto nacional.

Obviamente, entre o diferencial da tarifa legal e a verdadeira se deveria tentar obter os diferenciais dos preços internos e externos desses bens para de fato se obter a proteção efetiva dada pelo Governo à Economia Brasileira. Como não se tem esses dados e não se sabe como os bens entram e são nacionalizados no território nacional segundo regimes aduaneiros se tornou comum principalmente entre lideres empresariais do setor químico e siderúrgico do Brasil que estes venham à público com um mantra mostrando que estão corretamente sofrendo com a competição de produtos chineses. Sem dúvida, por exemplo, esses produtos entram pelo Amapá sem incidência de imposto de importação, de ipi , e com redução de icms para cerca de três por cento e são transportados e consumidos na região sudeste. Mesmo com a reforma tributária isso irá perdurar até 2032, sendo que só não se sabe se as empresas nacionais haverão de sobreviver até lá. 

Apesar disso, nosso problema inicial com as tarifas reciprocas criadas por Trump é temos de identificar as vantagens comparativas reveladas, e ainda existente em bens e serviços aqui produzidos e transacionados para potencializarmos ao máximo a capacidade produtiva do sistema da economia nacional face à um necessário processo de mudança de regime de comércio com abertura comercial.

Temos de ousar e ter claro que é decisão soberana e de interesse nosso – do Brasil –  mudar agora o regime de comércio brasileiro, com ou sem ameaça das tarifas reciprocas de Trump. Isso porque para que uma abertura comercial unilateral como está sendo proposta por Trump se produza reduzido número de perdedores, é preciso ter e adotar como princípio uma estratégia de resposta por parte do Brasil uma ação unilateral de mudança dos preços relativos externos e internos, aonde se altere simultaneamente a estrutura de incentivos às exportações, de um lado, e as medidas tarifárias e não tarifárias, de outro lado, de modo que haja um viés pró-exportador para que se produzam vencedores. 


 Aliás, vale lembrar que no Governo Collor, reduzimos as tarifas sobre insumos do agronegócio e se implementou uma lei agrícola capaz de direcionar crédito a esta atividade cujo resultado – dada a demanda internacional – é que não somos um país com uma parcela pequena no comércio mundial dos produtos do agronegócio. Resultado, o regime de comércio do Agro não é nem pop, nem tóxico, e sim pró-exportador. Não se recolhe impostos indiretos – icms – aos cofres públicos porque se compete com fornecedores de todo o mundo, mas se taxa a renda direta mediante o imposto de renda sobre o produtor rural.  Caso haja sanha por uma derrama para atender aos cofres dos fiscos estaduais por causa do volume de créditos acumulados com exportações de ICMS, e se se quiser taxar as exportações estaremos voltando para a época do  ciclo do café. Isso seria uma solução, pois se obteria renda dos consumidores internacionais até eles terem outra fonte de suprimento e de preferência, como hoje o café colombiano! Aliás, o correto seria eliminar a figura do acúmulo do ICMS nas exportações para evitar que os nossos concorrentes digam que estamos  a subsidiar os produtores e exportadores domésticos.

Isso não ocorre com tanta facilidade nos produtos da indús
tria em que a estrutura de produção e taxação é mais longa. De fato, há mais etapas para se processar um bem, e a cada momento histórico se há necessidade de proteger temporariamente certas atividades para gerar aprendizagem, escala e escopo na produção doméstica. Este bem se for produzido no Brasil têm de ter condições de ser ofertado de forma competitiva com taxação indireta ou contribuições de PIS e COFINS para o mercado doméstico, e como isenção dessa taxação quando o produto for direcionado para o mercado internacional. Como isso não foi assegurado à indústria ao longo das últimas décadas se assiste a uma grande desindustrialização, cuja necessidade de reindustrialização e mudança no chão de fábrica hoje se faz mais necessária devido à difusão da internet das coisas e a transição energética. Apesar da não outorga de incentivos corretos ao setor industrial, este conseguiu nos últimos anos resistir e apresentar perdas nas exportações por operarem num regime de comércio com viés contra a industrialização de bens e serviços.


Face ao exposto acima, e apesar das ameaças bilaterais de pressão do Governo Trump 2.0, esse deveria ser um bom momento para iniciarmos a revisão do regime de comércio brasileiro. Nesse sentido, um primeiro diagnostico a ser feito seria estabelecer uma taxionomia do contencioso bilateral com os EUA, dos níveis de proteção nominal e efetiva, e dos regimes aduaneiros e acordos de complementação econômica com os nossos parceiros comerciais, inclusive Mercosul.  

Sem dúvida, uma equipe pequena deveria ler os documentos disponíveis na internet e os documentos entregues ao Governo Brasileiro pelos representantes dos nossos parceiros comerciais.  Esta equipe não deveria conter, nem analistas de comércio exterior, nem diplomatas de carreira porque o norte da leitura é identificar as “queixas’ e “alegações” bilaterais e multilaterais de barreiras ao comércio sem posições pré concebidas visto que há necessidade de identificar cada item desse contencioso em relação ao que incide na fronteira do país e ao que incide e distorce as condições de venda do produto importado após a entrada no território nacional.

Ao proceder dessa forma poderemos listar as medidas não tarifárias, fitossanitárias e outras que nossos parceiros alegam que restringem o comércio. Verificaremos que boa parte da queixa é decorrência do jeitinho brasileiro de administrar típico de instituições como IMMETRO, INPI, MAPA, ANVISA, etc. Com uma diretriz política da CAMEX se poderá modernizar as normas infraconstitucionais e limpar o contencioso sem ferir a soberania nacional.

Com relação às tarifas, o Governo brasileiro poderia anunciar um processo de convergência da atual estrutura da tarifa nominal para um nível uniforme próximo e em torno de 15% ou 20% de proteção tarifária. Também se buscaria eliminar os regimes aduaneiros especiais e ex-tarifários não ligados à atividade de exportação. Vale destacar que nesse processo de convergência se negociaria com os parceiros do Mercosul a transformação do bloco numa área de livre comércio  visto que essa já de fato isso, e cada membro poderia estabelecer sua própria tarifa aduaneira, e se manteria os princípios fundadores o Mercosul, desde que houvesse um maior controle das regras de origem intra bloco.

 Cabe destacar que o Brasil adotou uma inteligente política comercial estratégica no início do século XXI para atrair novas montadoras a se instalarem no solo brasileiro, em função da inovação de um produto nosso – o motor flex – , e seus bons efeitos sobre o meio ambiente. A jabuticaba brasileira foi reduzir significativamente a estrutura dos tributos indiretos – tipo IPI, ICMS, PIS e Cofins – dos carros montados no Brasil e que eram vendidos aos consumidores nacionais, sem que esse “incentivo” fosse dado ao produto importado. Vale lembrar que o produto nacional inovador era o motor flex, e no carro importado à época não havia esse motor. Reduzir a tributação interna funcionou e novas montadoras vieram para o Brasil, mas violamos o princípio de não discriminação a produto importado após a entrada no território nacional conforme reza o acordo do GATT/OMC. 

Hoje, em época de transição energética, podemos lançar títulos verdes do governo brasileiro nos Estados Unidos e usarmos esses recursos para fazer inovações na indústria de transformação de setores hard to abate – como siderúrgicos, e químicos – no Brasil, e, podemos de quebra incentivar a complementação produtiva nessa área entre o Brasil e os EUA fazendo com empresas exportadoras nacionais se internacionalizem e comprem unidades nos EUA. Inclusive, podemos fazer isso sem ferir a legislação internacional mostrando proposito de fazer transição energética associada ás exportações.

Além disso, para melhorar o relacionamento Brasil e EUA, devemos combater o contrabando, e a contrafação de bens que tanto violam os direitos de propriedade intelectual com entram no Brasil por situações de descaminhos. Isso é preciso que se torne uma ação perene e constante do Governo. É obvio que esse problema não se restringe à uma unidade da Federação, pois ocorre em todos os estados da federação, e inclui também armas e drogas. Aliás, ter uma presença e controle mais efetivo nas fronteiras é um desejo de toda a autoridade constituída no país. Dada a extensão geográfica das fronteiras terrestres e marítimas do Brasil impor controle e inspeção sobre a movimentação de bens e serviços que passam pela fronteira – sem ferir as normas e leis internacionais – depende de reconhecer a priori a partir da nossa história de que todos aqueles bens que entram ( ou saem) devem ser inspecionados no território quando este ocorrer por meio de um meio de transporte, de uma forma de acondicionamento da carga (tipo container ou pallet), e numa entrada legal ( tipo porto ou aeroporto). Dado que se tem de elaborar documentos que comprovem a transferência de propriedade do bem de um comprador para um vendedor se pode montar “jogos de inspeção” para estabelecer controles, desde que haja instituição capacitada para essa atividade.                           

No Brasil, hoje, existem sistemas informatizados em que se pode obter tanto o fluxo físico, fiscal, monetário e cambial da exportação quanto da importação em termos de origem e destino, bem como o fluxo de carga podem ser verificados e checados para efeitos de controle comercial, aduaneiro e cambial. Pode-se inspecionar ou pré-inspecionar preço, volume, valor, tipo, etc na entrada e na saída. Só precisa saber analisar esse Big Data e fazer uma mineração de dados perene. Isso pode ser feito se juntar uma força tarefa da Coana/MF com o Decex/Mdic e COAF-MJ sob um mesmo órgão de Governo, se requerendo apenas mudança legal das funções e atribuições dos respectivos Ministérios. 

                     


Do exposto, o anúncio do “liberation day” pelo Presidente Trump é um bom  momento para se ousar na condução das negociações com os Estados Unidos.  A partir do mapa de sugestões aqui proposto, caso estas viessem a ser adotadas de forma imediata permitirá que o Governo  resista às pressões a serem feitas pelo o atual Presidente dos EUA na medida que se terá “novas” propostas nas mãos para se negociar com a equipe de Governo dos EUA.  Surpreender e alterar o conteúdo da agenda de negociação de forma não linear tira Trump e sua equipe da sua zona de conforto, e da sua obsessão momentânea. Kim Jong-un fez isso, e o problema Estados Unidos- Coréia do Norte saiu do noticiário internacional. Por sua vez, Xi Jinping trata e negocia com Trump de forma linear e tradicional, e não há grandes avanços nas negociações China – EUA, e, a guerra comercial se aprofunda cada vez mais. Assim, ser não linear e ser inesperado – usando o método ODDA loop conforme demostrado por Tom Cruise nos filmes TOP GUN 1 e 2 sem ser uma missão impossível –  é a essência da arte de se negociar com Trump!                       

Crédito:

Mario Cordeiro de Carvalho Junior

Professor da Faf-UERJ

 

Monday, May 5, 2025

10 razões para fazer negócios com os Estados Unidos

Desnecessário seria dizer que o Presidente Donald J. Trump tem dado um ritmo a economia americana, que acredito que essa geração que hoje vive em qualquer lugar do planeta jamais vivenciou, principalmente os americanos. 

A maior polêmica de implicação mundial tem sido a guerra tarifária, onde o Presidente Donald Trump defende, e eu concordo, que o abuso dos demais países tem que acabar. Isso é fato!

Mas com tudo que a imprensa comprometida e globalistas falam, ainda vale a pena negociar com os Estados Unidos?

A América está se reerguendo. Esse país chamado Estados Unidos ainda é a nação mais poderosa e influente na face da terra.

Conhecendo o THE AMERICAN WAY OF DOING BUSINESS | A MANEIRA AMERICANA DE FAZER NEGÓCIOS, veja que é um artigo definido “A”, “A MANEIRA”, ainda vale muito a pena tentar a terra das oportunidades.

Vamos as 10 razões que fazem com que o escrito acima justifique.

UM - Maior mercado consumidor do mundo

Com mais de 330 milhões de consumidores, e um dos maiores poderes de compra per capita, continua sendo o mais atraente do planeta.

DOIS - Segurança jurídica e respeito a contratos

Nos EUA, a lei ainda funciona. O país oferece um ambiente de negócios com leis claras, contratos executáveis, principalmente os de pequenas causas, e proteção aos direitos de propriedade, algo que sabemos que é muito raro em vários países. Alguém pensou nos asiáticos?

TRÊS – Estabilidade política e instituições fortes

Apesar das tensões políticas e as baixarias aprontadas pelo partido democrata, as instituições americanas continuam sólidas. A democracia, o sistema jurídico e o respeito as regras tornam o ambiente confiável e muito prevesível para os investidores.

QUATRO – A força do dólar e o poder financeiro

Apesar da luta chinesa de acabar com o SWIFT, o dólar continua sendo a moeda de reserva mundial. Isso garante credibilidade, acessoa crédito e estabilidade financeira, fatores cruciais para negócios internacionais.

CINCO – Liderança em inovação e tecnologia

Silicon Valley é só um exemplo. Os EUA lideram nas áreas de inteligência artificial,biotecnologia,fintech, cibersegurança, aeroespacial e muito mais. Aqui é o futuro já começou.

SEIS – Cultura empreendedora e mentalidade pro-business

O fracasso não é visto como derrota, mas como aprendizado. A cultura americana valoriza o empreendedorismo e incentiva o risco com visão de crescimento.

SETE – Localização estratégica e global

Os EUA têm acesso direto ao Oceano Atlântic e Pacífico, facilitando o comércio com a Europa, Ásia e América Latina. Isso garante uma posição geográfica privilegiada.

OITO – Mão de obra qualificada e atração de talentos

O país atrai os melhores profissionais do mundo e mantém uma força de trabalho qualificada em todos os setores. Isso eleva a competitividade e a produtividade.

NOVE – Infraestrutura avançada e logística eficiente

Portos, rodovias, ferrovias e aeroportos de alto padrão facilitam a circulação de mercadorias com agilidade, segurança e eficiência.

DEZ – Padrões globais de qualidade e compliance

Os EUA ditam muito dos padrões de qualidade e regulamentação usados no mundo. Fazer negócios aqui é se alinhar ao nível mais alto de exigência global.

Resumindo, o agressivo plano econômico com mudanças radicais do Presidente Donald Trump já começou para desespero dos democratas a surgir efeitos em um pouco mais de 100 dias de governo republicano.

Acredite: esse país não é apenas um país com um passado grandioso, mas com um futuro muito ousado. Se você entender a Metodologia PFP - Preparar, Formatar para Posicionar nos Estados Unidos, você terá condições com muito esforço, disciplina e investimento, de desfrutar do melhor dessa terra.

O mercado está pronto, as regras são bem claras e os consumidores estão ativos. Aposte nos Estados Unidos. 

Você empresário que sonha em exportar para os EUA, ou pensa em expandir os seus negócios, veja esse vídeo com 10 razões para fazer negócios com os EUA. 

10 razões para fazer negócios com os Estados Unidos

Saturday, May 3, 2025

Amazon vai abrir dezenas de depósitos em áreas rurais dos EUA


A gigante do e-commerce Amazon está se preparando para construir dezenas de novos depósitos nos Estados Unidos voltados para atender regiões rurais.

A ideia é expandir sua estrutura de entregas e depender menos de empresas como o USPS que é o correio americano, ou a UPS, que muitos brasileiros também conhecem. A meta é concluir essa expansão até o fim do ano que vem.

Desde 2020, a Amazon tem investido na criação de uma rede própria de entrega no interior.

Hoje, ela já conta com cerca de 70 centros desse tipo estratégicamente espalhados pelo país, mas a expectativa é chegar a 210 até o fim de 2026. Ao todo, a empresa planeja investir US$ 4 bilhões nesse projeto, criando assim um impacto econômico nessas regiões sem precedentes.

A Amazon já construiu uma operação logística enorme nos últimos anos, com centenas de depósitos nas grandes cidades e uma rede de milhares de motoristas contratados que dirigem as vans azuis da marca.

Com o retorno do Presidente Donald Trump à presidência em 20 de janeiro desse ano, e seu discurso de valorização da economia americana, combate as tarifas abusivas principalmente contara a China, e geração de empregos, várias empresas principalmente as gigantes da tecnologia, como Apple e Nvidia já anunciaram grandes investimentos nos EUA.

A saber, até a presente data desse post, quase US$ 8 trilhões de compromisso de megas corporações já negociaram com a Casa Branca!

Segundo a Bloomberg, a Amazon chegou até a discutir com o Presidente Donald Trump a possibilidade de fazer um anúncio oficial sobre os próprios planos de expansão no país.

No caso das áreas rurais, a Amazon costumava repassar a maior parte das entregas para outras transportadoras. Mas agora está mudando essa estratégia.

A UPS, por exemplo, anunciou que vai cortar 20 mil empregos este ano e fechar vários centros, justamente por causa da queda nas entregas para a Amazon.

A empresa acredita que essa nova rede rural pode gerar até 100 mil empregos diretos e indiretos — tanto dentro dos centros de distribuição quanto entre os motoristas contratados. E, segundo a Bloomberg, a Amazon também está considerando um investimento ainda maior: US$ 15 bilhões para ampliar seus depósitos e hubs de entrega, revertendo a desaceleração das construções que veio depois da pandemia.

Como costumo falar, a concorrência nos Estados Unidos é predadora. Com certeza milhares de transportadoras ou mesmo lojas de porte dos mais diversos segmentos, jamais imaginaram que um dia chegaria uma empresa com uma proposta tão disruptiva, e mexeria com toda a estrutura de logística do mercado americano, a final caso você não saiba, a Amazon diz ser uma empresa de logística e não uma plataforma de e-commerce. Agora você sabe!

E se você é investidor imobiliário, como aproveitar esse impacto econômico causado pela Amazon, e seguir a rota de expansão?

A resposta é simples: conhecendo A maneira americana de fazer negócio.

Agora você também já sabe!