A bíblia nos ensina no livro de Mateus 5:37 que seja o nosso falar:sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.
Porque estamos escrevendo isso? O que tem haver entre o que falamos, da maneira que nos expressamos com o comércio com os Estados Unidos?
Porque aquele que quer fazer negócio com o mercado americano, tem que ser objetivo e se esforçar ao máximo, não queremos usar a palavra honrar para não ficar pesado, para fazer o que diz que vai fazer. Seja retornar um email, seja retornar uma ligação como muitos se comprometem, e nada fazem.
Como em um artigo polêmico por nós publicado nesse mesmo blog em 24 de agosto de 2009 chamado You Got Email, a cultura americana, tem praticamente tolerância zero para esse tipo de postura. Seja um telefonema não devolvido em que a parte diz ou promete que vai ligar e não liga...ou email não respondido que a parte diz ou promete que vai responder e não responde...nós brasileiros que muitas vezes estamos no meio da negociação e assumimos compromissos junto as empresas americanas, ficamos em uma situação complicadíssima...e quanto maior a transação, menor a tolerância por parte dos americanos... porque a imagem começa a ficar arranhada...a confiança comprometida...será uma influência dos políticos brasileiros junto ao empresariado brasileiro?
O empresário brasileiro que quer comercializar com os States, não responder um e-mail ou dois, um telefonema ou dois até entendemos, mas três ou quatro, com toda a facilidade de comunicação que existe hoje, deixamos a imaginação de você leitor à vontade; afinal brasileiro é tido como muito criativo.
Vamos reverter a experiência...e se fosse tentando fazer um negócio grande, nos ligasse 3 ou quatro vezes, e não retornássemos a ligação? Ou prometêssemos? Déssemos a palavra sobre o telefonema ou email? Marcasse dia e hora e não ligássemos? Como se sentiria?
Talvez devido a cultura brasileira conviver mais com isso, basta ver quem elege para o governo, consegue administrar mais esse tipo de postura mas não os americanos...principalmente os que não estão muito ligados na cultura latina.
Mais uma vez, a tolerância é zero e muitos negócios são perdidos e desestimulados pelas fábricas americanas simplesmente por não compactuar com esse tipo de postura e atendimento. Choque cultural? Quem tem que ceder? Quem compra ou quem vende? Quem está certo ou errado nessa relação?
Esse problema é tão grande que já virou até debate no LinkedIn de um grupo de brasileiros que opera aqui fora.
Mas onde entra Mateus 5:37 nisso tudo? Nas desculpas que se seguem...de um modo geral são desastrosas...sem querer espiritualizar mais ainda o texto...como se diz no próprio livro de Mateus...nada há de escondido que não venha ser revelado.
Como bem sabemos...a verdade pode ser evitada mas não negada! Não seria mais fácil fazer o que se diz ou que se compromete a fazer? Onde está a dificuldade de não fazer?